domingo, 18 de setembro de 2011

Pergunta geradora e algumas justificativas

No último dia 15, coletei as primeiras perguntas geradoras dos PAs dos alunos. Alguns deles ainda estão com dúvidas, e isso apareceu nas justificativas para a escolha. Em todo caso, a lista a seguir dá uma mostra das preocupações em torno da pesquisa. Na lista da 7ªB já aparecem os primeiros esboços da justificativa:


Lucirene: Por que algumas têm vitiligo e outras não?
Escolhi esse tema porque apareceu uma mancha branca no meu filho e os médicos disseram que é vitiligo. Como não obtive muitas respostas, aproveitar a oportunidade para saber mais sobre isso.

Adeilda: O AVC só dá em pessoas idosas?
Eu escolhi esse tema, o AVC, porque acho interessante. Quero saber quais são os sintomas, como se desenvolve, principalmente porque meu pai teve AVC aos 79 anos e gostaria de saber se isso só acontece em pessoas idosas. Além disso, gostaria de saber como lidar com essa situação.

Verônica: Como o ovário policisto interfere na fertilidade da mulher?
Eu escolhi esse tema porque pretendo ter filhos e quero saber se tem tratamento para esse tipo de doença.

Guilhermina: Por que o câncer dá em algumas pessoas e outras não?

Vailton: Qual é a origem da sinusite?
Quero pesquisar sobre sinusite porque sofro com essa doença e nunca fiz nenhum tratamento. Sei muito pouco sobre isso e gostaria de saber como se manifesta e se tem cura.

Leocádia: Por que chove em algumas regiões e outras não?
Eu escolhi esse tema por curiosidade em descobrir como funcionam os fenômenos da atureza. Eu sou muito curiosa sobre esses fenômenos. O que me motivou a escolher esse tema foi o seguinte: Um dia saí de casa, para fazer uma viagem que durou 1 hora e o tempo estava normal. Durante o percurso, o tempo mudou várias vezes: chovia, fazia sol, chovia novamente e assim foi o tempo todo, até eu chegar no meu destino. O que eu descobrir pretendo passar a outras pessoas que tenham também essa curiosidade sobre fenômeno meteorológicos da chuva.

Paulo: Por que o espaço desperta tanta curiosidade nas pessoas?

Luciane: Existe vida em outros Planetas?

Helton: Como o homem surgiu no Planeta Terra?


A seguir, a lista de perguntas da 7ªC:


Tatiana: Por que existe tanta variação do clima?

Vânia: Por que as pessoas destroem a Natureza?

Alan: O que são e como funcionam os cinco sentidos?

Kleber: Para que serve a filosofia hoje?

Renata: Que sentido tem a tatuagem para as pessoas?

Eliane: Por que a sociedade tem tanta dificuldade em aceitar a homossexualidade?

Andréia: Por que os jovens estão cada vez mais entrando no mundo do alcoolismo?

Marlene Pedro: O que é e como surgiu a AIDS?

Márcio: O que é o diabetes?


Como se vê, as justificativas estão bem próximas das preocupações pessoais dos alunos, diretamente relacionadas ao seu cotidiano, outras, não menos distantes, apontam para questões mais diretamente relacionadas a comportamentos sociais, ou mesmo existenciais. Mas todas passíveis de um diálogo com as disciplinas, ou matérias, estudadas na escola, o que vem ao encontro da proposta dos PAs.

Em relação às dificuldades no uso das tecnologias, conversei com os alunos sobre a possibilidade de alguns virem à escola uma vez por semana, fora do horário escolar, para que possam aprender a criar seu blog. Essa é uma estratégia não só para tentar resolver um problema imediato, mas também para criar parcerias entre aluno, professor, coordenador, aluno na construção dos projetos. Nesse caso, ao aprenderem a construir seu blog, poderão compartilhar com os colegas os conhecimentos adquiridos, facilitando a interação na sala de aula.
Nossa coordenadora, professora Marlene, abraçou a ideia e, inclusive, prontificou-se a organizar os horários de uso da sala de informática, de acordo com a disponibilidade da escola, e acompanhar na orientação desse grupo de alunos: Leocádia, Lucirene, Maiara e Vailton.


domingo, 11 de setembro de 2011

A escolha dos temas

Na última quinta-feira, 08.09.2011, na EMEF Fenólio, apenas conversei com os alunos sobre o Projeto da Escola Conectada, reforçando a importância e pertinência de se trabalhar com os PAs na sala de aula – discussão iniciada pela professora Milana.

Na EMEF Buscarini, retomei com os alunos, em roda de conversa, a discussão sobre a escolha do tema e sua posterior transformação em pergunta geradora de pesquisa. Tendo em vista que poucos alunos estavam presentes na 7ªC, trabalhei apenas com a 7ªB. Os temas foram elencados na lousa: Drogas (Luciana), Espaço (Paulo), Ovários policistos (Verônica), DST (Taciana), Câncer (Maria do Socorro), Tuberculose (Maiara), Vitiligo (Lucirene), HPV (Érica) e AVC (Adeilda). Dos alunos que trouxeram o tema, apenas um (Helton) não conseguiu defini-lo, mas deu algumas pistas que indicam uma preocupação com o crescimento, ou desenvolvimento do indivíduo na sociedade. Uma das alunas, a Leocádia, tentou formular uma pergunta, a partir do tema Chuva: Por que chove em algumas regiões e em outras não?

Como se vê, os alunos estão pensando em vários campos, embora haja uma preocupação com o assunto doenças.

A maior dificuldade apresentada, e estou esforçando-me para ajudá-los, é quanto ao registro escrito da justificativa da escolha do tema. Oralmente, as coisas caminham melhor, inclusive pela participação e tentativa de um colega ajudar o outro na explicitação, ou verbalização das ideias.

Cabe aqui uma observação: durante as discussões, alguns alunos apontaram, em alguns momentos, para possíveis relações de hierarquização, ou a ordenação dos elementos relacionados/citados nas discussões em ordem de importância.

Isso foi muito bom em dois sentidos, primeiro porque percebi e registrei esse movimento dos alunos, em segundo porque é um dado que surgiu na própria roda de conversa, isto é, esse movimento partiu deles e, em ambos os casos, será um elemento facilitador para as próximas conversas.

Insistindo um pouco mais sobre essa questão, diria que – embora não seja muito fácil, pois estamos diretamente envolvidos, orientando as discussões com o grupo –, é muito importante perceber e fazer o registro desses fatos, nos momentos em que eles ocorrem. Isso é importante tanto para o orientador, quanto para o educando, uma vez que a retomada do fato e seu contexto em outros momentos ajuda muito a esclarecer melhor os conteúdos tratados e facilita a ampliação, ou aprofundamento do trabalho coletivo e individual.

quarta-feira, 7 de setembro de 2011

Feira Cultural

Fizemos uma pausa nas atividades com os PAS por conta da Feira Cultural, o que movimentou nossa escola.
Confira, a seguir, algumas das atividades preparadas pelos alunos, desde o jornal mural, as ervas medicinais, passando pelo jogo de adivinha, embolada, piadas, uma bela roda de capoeira (grupo do Mestre Marrom), assim como o jogo da amarelinha, músicas regionais, e um saboroso encerramento regado por um feijão tropeiro saído da alquimia da Márcia e da Eliana, além das delícias feitas pelos alunos.
O jornal mural foi a porta de entrada para as apresentações

Alunos e professores atentos aos preparativos das apresentações.


As tradicionais ervas medicinais muito bem explicadinhas pelas alunas.

A turma estava bem descontraída e animada na apresentação



da embolada

                                         das piadinhas,


do jogo de adivinha. Pena que não deu para gravar as meninas fazendo as perguntas, assim como os meninos brincando com as palavras.

Como se pode perceber, as músicas regionais empolgaram a moçada.

A Guilhermina não só trouxe o jogo da amarelinha,

como ensinou para alguns. Mas o melhor mesmo (vocês não acham?), foi a integração dos professores com os alunos.

Vejam como a professora Agnes curtiu o jogo da amarelinha.

Lembram-e do Rayuela, do Cortázar? Não é a imaginação criativa da criança que nos ensina também? Vejam como é rápida a Ana, filha da professora Madrilene.

Quem disse que meninas não jogam capoeira? A Maria Ivete, da 5ª A, mostrou que jogam, sim.

Já estamos quase no final, mas ainda dá tempo...

de visualizarmos um pouco o que as nossas alquimistas culinárias prepararam para o final:

O famoso FEIJÃO TROPEIRO.


Parece que o pessoal aprovou...


com muita degustação!!!

Ah...

Mas as meninas e os meninos também trouxeram suas delícias preparadas com muito zelo e carinho.

Após uma breve parada...

Estamos de volta para dar continuidade aos PAs (Projetos de Aprendizagem). Agora, nossa coordenadora pedagógica, Marlene, a professora Gil e eu, começamos uma nova etapa com a metodologia dos PAs, na EMEF Maria José Luizetto Buscarini. As novas turmas também são do curso de Educação de Jovens e Adultos (EJA). Neste semestre estaremos trabalhando com as 7as séries B e C.
Em 10 de agosto, embora já estivéssemos conversando desde o início deste semestre sobre o planejamento dessa nova etapa, nos reunimos em HTC, para concretizar o plano de nossas ações. O primeiro passo foi a apresentação da proposta aos alunos em roda de conversa. Muitas curiosidades surgiram, em especial sobre a metodologia e o uso das tecnologias. Ao final do encontro, propusemos uma enquete para alinhavarmos alguns pontos abordados oralmente, em relação à experiência dos alunos com as tecnologias. O quadro a seguir resume as respostas de nossos alunos.

Como se vê, 41,6% dos 36 alunos que participaram da enquete indicaram não ter computador em casa, embora todos tenham indicado que o utilizam, pelo menos na escola. Alguns deles em casa e/ou na lan-house, ou ainda no trabalho (27,7%). Em relação às redes sociais, o orkut apareceu como a preferida (ou a mais conhecida). Outro dado interessante apontado, nos parece, foi em relação ao uso da internet, pelo menos dois de nossos alunos utilizam a rede para fazer compras, assim como 22 (61,1%) a utilizam para fazer trabalhos escolares. Refletindo sobre esse último dado, consideramos bastante curioso o fato de apenas 11 alunos (30,5%) indicarem sites de busca como uma das formas de utilização da internet, já que 61,1% a utilizam para trabalhos escolares.

Esses dados certamente serão uteis na formação das parcerias, pois o conhecimento compartilhado dos diferentes modos de utilização das tecnologias será um facilitador na interação tanto dos alunos entre si, quanto em sua relação com os orientadores.
O passo seguinte foi a sensibilização preparatória para a escolha do tema e sua transformação na pergunta inicial, geradora da pesquisa. Os alunos gostaram bastante do vídeo apresentado, o que sucitou uma boa troca de experiências. Confira o vídeo:



É interesante notar que, mesmo já tendo utilizado esse vídeo ano passado com outra turma, o efeito continua surpreendente, inclusive para nós, orientadores, pois novas brechas abrem-se a cada nova reflexão. 
Ah, fizemos uma pausa momentânea, motivo da próxima postagem.